quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O amor
É um presente
E isso é patético
Porque eu não posso
Te dar uma coisa quebrada

domingo, 26 de novembro de 2017

Talvez daqui pra frente
Tudo vá doer intensamente
(pelo menos por um tempo)
E isso significa
Que ainda estamos vivos
E não esqueceremos.

Descanse

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Sinto vazio
É pior que estar
Completamente desesperado
Katatonia é a morte da alma
O corpo sempre padece
Sentimento de amargura
Adoece, tudo é sofrido

Infelizmente
Eu não sei mais
Pra onde correr

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Não



Não estamos indo bem
Não estamos indo
A lugar nenhum.

Um mundo pesado
Impossível dever
Sorriso no olhar das pessoas
Qualquer sinal de satisfação
Estar vivo
Existir no momento
E todas elas são
Rostos perdidos na multidão
Estátuas fundidas em solidão
Contemplando distopia do ser
Que ainda não existe
A memória do futuro
Perdeu de si mesma
Moradia da ilusão
Destroços na imensidão
De um retrato
Que ainda não esboçou a imagem
Nada pode refletir
Infinita ventura de axiomas

Todo mundo quer fugir
Pra se encontrar um dia
E esquece que tudo
Pode morar em si

MMXVII

Até hoje
Pra mulher andar só
Ainda é
Abrir caminho.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017


Quando a bomba explodir
Quero ver quem vai descer
Do altar dos privilégios
Pra que todo mundo
Possa dançar

No horizonte a solidão
Dissipará o ego
E suas correntes jamais
Me aprisionarão

quinta-feira, 9 de novembro de 2017


Os efeitos colaterais do ódio e do amor podem ser os mesmos.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Não tem o que fazer
Pode adiar a preocupação pra depois
Mas amanhã talvez esteja morta
Não diferente de hoje
Que também não levantou da cama
Desespero, choro e suor
Doses diárias respirando fundo
Respirando fundo
No fundo no buraco
Que cavou pra si mesma
Se escondendo de tudo que te apavora
Tudo que te machuca
Agora só você e sua amargura
E seu medo, seu medo incurável
A solidão e a ausência
De todo e qualquer contato
Com algo ou alguém que pareça estar vivo
Que pareça feliz, que pareça com a paz
Talvez você não mereça, talvez você não seja boa o suficiente
Talvez seja melhor você estancar logo essa ferida
E nos deixar em paz
E nos deixar confortáveis
A morte bate todo dia na nossa porta
A gente chora, a gente lamenta
Mas deixa a corda no caminho
Caso você mude de ideia