segunda-feira, 17 de março de 2014

Não adianta fugir,
a vida nasceu em mim com um pé de cigana
e o outro, andarilho de si mesmo.

E quando me perco em mim, só me encontro na natureza selvagem.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Setenta por cento de mim é água, o resto é desespero.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Nenhum caminho é certo, e todos são perigosos.

A vida é um axioma de infinitas venturas.

quarta-feira, 12 de março de 2014


Não me encontram
não enxergam quem sou
mas ainda me procuram
tendo em vista o que esperam quem eu seja
nunca serei
procura-se: eu
nunca estive
fui embora, até d'eu mesma
pra quem sabe um dia
eu possa me amar sem ressentimentos.


quinta-feira, 6 de março de 2014


O impossível que é impossível.


No canto da boca
habita a febre amarela
e meu sorriso dói
quando os olhos não vertem.

Sua jugular é meu travesseiro sanguíneo
e uma noite, apenas,
de silêncio no sistema nervoso
e não seria Gloomy Sunday no repeat.

seu
cheiro
suador
sem
teu
cheiro


dor




ou talvez seja apenas um momento epifânico.



Favela no Brasil é museu pra Inglês ver.

as coisas que esqueço em sua casa
são pedaços de mim 
que tomam refúgio, desesperados
à morada da minha decepção

expulsos pelo outono sem fim
a minha palavra perde as asas
dia a mais é dia a menos
e vou morrendo engasgada

sua mão alimenta o laço
e a monstruosa expectativa
de ser seu tudo, preencher o nada

chega a hora da contra partida
sou agonia, ou só falácia?
corro pros seus braços e o meu berço é teu nome.


quarta-feira, 5 de março de 2014

Pouco importa o grito estomacal
as úlceras em ruínas,
quando é tempo de morrer afogado
na orla do próprio umbigo.