terça-feira, 22 de novembro de 2016
Declarei luto dia 19 de novembro
Até meu caderninho de anotações desesperadas suicidou-se.
QUEM SOBREVIVEU À 2016?
meu corpo talvez
minha mente não.
Toda essa ternuna
logo vai subir
feito fumaça
Logo minha loucura
vai te esmagar
assim que a chama
do meu cigarro apagar
e só restarão as cinzas
[e história pra contar.
Pode chorar
liberta os demônios da sua alma
Pode dançar
liberta os demônios da sua alma
Pode gritar
liberta os demônios da sua alma
Pode gargalhar
liberta as bruxas essa noite
assim estará me libertando também.
As vezes o laço
se enforca
perde a beleza
de ser o que é
vira um nó
na garganta
Me sufoca
e vou morrendo
bem devagarinho
[feito cetim
se rasgando.
ETERNAL DAYDREAM OF AN INSANE MIND
I CAN'T SEE AHEAD
BUT I STILL FEEL THE WIND
EVERYBODY GETS HURT
I RATHER MYSELF WILD
Queria que os problemas fossem chocolate
ia me derreter em suas mãos.
A sorte do leitor
é que aqui
me resultei em palavras
A poetisa
ficou em casa
penteando os cabelos da alma
A poeta
é tão perigoso
quanto suas palavras
Não sou a poetisa
não penteio os cabelos
muito menos os da alma
minhas palavras são peludas
e não vou apará-las
Que fique bem claro
eu não acredito em sorte.
A empatia
vai te dizer
que é possível
A simpatia
vai te dizer
que é possível,
mas ......
Eu bebo mesmo é pra esquentar o relacionamento dessa cidade penumbrosa.
Se fosse pra ficar louca eu assinaria um contrato e desgraçava a sanidade.
Hoje eu vou me embriagar em outros olhares.
Se preencheu
até transbordar
desprendeu-se
do ser, do estar
escreveu com sangue
viu que era poesia.
São Paulo
como uma imensa via de mão única
ninguém sabe onde vai te levar
todos tem pressa
todos querem chegar "lá"
sabe lá onde
[lá onde?
[[chegou onde queria?
Seja autor de seu próprio percurso
[[[aqui ninguém é inocente.
Perguntas sobre a postura
Coluna monárquica
Por extrema verticalização dos ombros
Permite uma maior anarquia
Nas pernas
Um pé nômade
o outro cigano
assim segue em frente
peregrina do estranho
Como alucinação
suicidei-me
do precipício
de seus olhos
Tô endemoniada
e sou tão perigosa
quanto minhas palavras
A bruxa que me habita
não é domesticável
suicidei-me
do precipício
de seus olhos
Tô endemoniada
e sou tão perigosa
quanto minhas palavras
A bruxa que me habita
não é domesticável
Olha lá
tem uma caixa
cores na tela
hipnotizam
as imagens
podem cegar
o ideal
monopolizado
as notícias
pra assustar
Quem não paga
não assiste
Quem não assiste
vai se indagar
- O que me permito ver?
SE PERMITA ENXERGAR!
Dedicotária
Às rosas negras
[que não deixaram florescer
À impiedosa cidade
[que não tem escoamento emocional
À paranóia incendiária
[que é molotov na sanidade alheia
Ao vai e vem incessante
[dos amores e desamores
Ao cotidiano difícil
[que beijou sua mulher como se fosse a última
Ao abcdário profano
[que difamou minhas palavras
Aos usuários, pacientes, cientes, louco consciente, passageiro da agonia
[latejantes da agonia
Aos viciados, nóias, pecadores, putas, vagabundos, pederastas
[cola de sapateiro, refrigerante, cocaína, manteiga, cigarro, pornografia, cachaça, válvula de escape
À todos que necessitam refúgio
[negros, sírios, mulheres, crianças, latinos, índios, subversivos, loucos declarados, e não declarados também, eu
À todos vocês
[dedico minhas impiedosas verdades
Eles estão exautos
Ninguém sabe pra onde fugir
Eles estão cansados
Muitos não têm onde dormir
Eles estão famintos
Com o estômago a rugir
Eles não são mais escravos
Mas estão a sucumbir
Sem alcance
Sem espaço
A rotina
À ruir
Sob os braços
O fracasso
Já não sabe
Reagir
Tenta apertar
Os passos
Não se deixe
Consumir
O hoje
Foi num abraço
E amanhã
Vamos lutar
Para sempre
Vou resistir
Ninguém sabe pra onde fugir
Eles estão cansados
Muitos não têm onde dormir
Eles estão famintos
Com o estômago a rugir
Eles não são mais escravos
Mas estão a sucumbir
Sem alcance
Sem espaço
A rotina
À ruir
Sob os braços
O fracasso
Já não sabe
Reagir
Tenta apertar
Os passos
Não se deixe
Consumir
O hoje
Foi num abraço
E amanhã
Vamos lutar
Para sempre
Vou resistir
sábado, 12 de novembro de 2016
They call me witch
but still wanna 
dance naked with me
They call me bitch
but still wanna
come over and 
fuck me 
I won't give you my dance
nor even a single fuck
No one knows myself 
Beyond what it looks 
Why can't you tell me
what's the matter with you?!
Call me bitch 
Call me witch
Because I rather myself
as a bitch or a witch
than pretending to be something
as empty as you
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
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