terça-feira, 27 de agosto de 2013
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Os namorados de si mesmos
na noite suja,
cantavam a fúnebre canção
sobre bruxas e mulheres raivosas.
Bebiam cerveja como mulher raivosa.
Poesia de banheiro desesperado
- devaneio matutino
embriaguez mental em ação
mas daquelas que te salva do mundo.
Homo Sapiens de massinha de modelar ambulante
vendeu a alma prum diabo qualquer
a troco de Plazil.
Tens atitudes de mulher raivosa!
Carlos estava certo,
sempre estivera.
Carlos estava certo por demais,
e isso me aborrece.
Flor de cemitério
enxaqueca
- os sonhos jogados dentro da mochila.
Já não se tem valores
meio a estes preços de hoje em dia.
Aprecie
como se não houvesse um amanhã
- que o amanhã não há
já se desfez a muito.
São tempos de medicina experimental e retrocessos.
Enquanto você
sendo mais d'eu mesma
se espalha por aí
e adoece a cidade por mim.
  Conhecimento;
passagem só de ida para a insanidade.
Buraco negro
interrompe minha jugular agora
e sem poder prestar queixas
me suicido de estação à estação
de vagão em vagão
só pra nausear os olhos famintos
de qualquer ninguém.
Chegou onde queria. - E agora?
passagem só de ida para a insanidade.
Buraco negro
interrompe minha jugular agora
e sem poder prestar queixas
me suicido de estação à estação
de vagão em vagão
só pra nausear os olhos famintos
de qualquer ninguém.
Chegou onde queria. - E agora?
Era tamanha a violência
que já se podia senti-la com amor
profunda, enraizada e terna
[ ou vice-versa
pois são uma
e sós, se d'existem
se caso cada uma sem a qual.
Esquecer
eis que o ser
do nada,
o nada.
  Me enfia inteira, nua
  numa caçamba de escombros
  de antigas moradias assombradas
  por moralismo e móveis velhos
  pra ver se perdida do inteiro
  me encontro em meu próprio destroço
  enquanto a vida saudável 
  estupra meus sonhos de liberdad indígena
  com um pouco de libertinagem e drogas
  drogas e sexo.
Livro de auto-ajuda para poetas?
consideraria crime em grau 26
roeria as unhas
para que com elas não pudesse rasgar a alma
por entre o ventre
a carne entreaberta
a virilha viril, o seio mordido
minha vida de poeta se esvai
vil e aveludada
no centro da cidade amargurada dos meus sonhos
- ninguém podia ouvir a minha dor.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Não está
O ser só é puro enquanto intocada a embriaguez mental. Então a demência e o descaso o obrigam a se encher, e pior além, se encher de vazio. 
Era uma vez o tal, o ele, o eu - não importa - (nada mais que uma vez a menos).  Pontilhado na paisagem, quase nu ao cinza. Jaz em si mesmo, pois se evita a indagar a própria existência. 
Território Caos, cobertura de chocolate por favor - já que não tem de heroína.
No espelho brilha a borda da mente doentia, quase transbordando dos olhos emagrecidos. E a roupa de nascença precisa pegar um solzinho, falta a cor que o diabo gosta. Anemia na alma e afazia estomacal não eram os planos pra este final de semana no inferno.
Segregador de sonhos, observava muito bem a desgraça e a língua das flores. 
Enquanto isso, a cidade morria na boca de um usuário de crack qualquer, e renascia na manhã seguinte, se as prostitutas adentrassem suas casas sem serem espancadas. 
- Ninguém pode ouvir a minha dor.
A cor do caminho é sempre desespero. Corre um rato mirrado debaixo dos meus gravetos dobrados no meio fio que eu me esqueci, corre como se não houvesse um amanhã. Putas e raparigas doloridas nos meus devaneios vespertinos, as vezes menos vazias que eu, as vezes menos cheias que eu, mas tão eu enquanto putas e raparigas. 
Café da manhã, café do almoço, café da tarde, café da janta. Caféres, cafézes.
Manicômio aveludado, se as paredes não fossem tão esbranquiçadas e pálidas a minha anarquia não seria tão enferma.
Assinar:
Comentários (Atom)