domingo, 16 de dezembro de 2012

Falácia Crônica

Sorria com os olhos eu dizia, só que agora com ironia. Tô dormindo onde acorda a agonia e ela me espanca rotineira. Travesseiro na cabeça (travessos são só meus pensamentos). Satisfação infeliz, sujeito oculto se suja frustrado por demasiado possuir. E não ter nada tendo tudo. O seu espelho contador de estórias já exausto da imagem que vê me implorou estes dias por enxergar. Tem coisa que a gente abre mão, tem coisa que a gente tenta mudar. Tem ferida aberta que nem o tempo pôde curar. Tem tudo e não tem nada.  ''- Solitário Beira Mar, serás abandonado na estrada!'' De pobre riqueza se amarelam os dentes e sua falácia doentia te impede a beleza. Digno de piedade chora ao perder sua realeza. Afeto afetado por cigarros, café e noites de grito, enquanto de tom baixinho eu repito ''- Zahir de mim! Ou provoco homicídio.''

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Acídia

As notícias só chegam aqui através de mísseis e bombardeios mentais. Eu sobreviveria mais uns 50 natais se suas cartas arrombassem a minha caixa de correios. Esse sorriso nos olhos é efeito colateral dos devaneios e eu não sei mais pronunciar belas palavras. Ligações noturnas pra se afogar em mágoas e a chuva inunda meus pensamentos. De vida imunda, eu moldo meu mundo se não o teu mundo me muda. Evapore seu ódio e contamine o meu ar. Por ser humano demasiado esqueceu como é amar e agora se torna um vírus mundano. As leis estatais corrompem os planos e a felicidade momentânea não é meu número de calçar. Eu não sou rebelde, eu não sou vagabundo. Eu só aprendi a enxergar a realidade Mundo. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Desertor de sonhos

Não há espaço físico temporal. Bares de esquina com temperatura elevada e embriaguez mental. Conviver em sociedade sempre me leva à um novo hospital, onde a causa mortis são os devaneios da vida real.

Quanto mais clareava o quarto mais escuros ficavam os pensamentos.


Estarei possuída no centro da cidade,
onde sua vaidade enche o peito de afazia.
Vou apostar algumas vidas jogando truco
repetindo coisas que atores globais diziam.

Estes Homos nada Sapiens,
e quando sabem não é o que deveriam.

Novos medicamentos invadirão sua casa, pra te deixar com o olhar tão perdido quanto o caminhar de seus pés.


Alguém te condena enquanto você profana suas vontades.