terça-feira, 21 de agosto de 2018

A sensação que nunca vai embora
O corpo quase morto padece
Suor na janela embassando o céu
43 segundos de taquicardia
E depois pausa, cigarro
Várias maneiras diferentes de se intoxicar por dia
Pra sobreviver a outras situações
Igualmente ou mais tóxicas ainda
A gente senta e acha um pouquinho de conforto
No meio fio entre o julgamento e auto sabotagem
Tem que botar os pés no chão de novo
Muito sangue em mim, nas pernas
Nós pés, no chão
Ninguém pode ver
A sensação nunca vai embora
Todo o resto sim, secos
Como folhas de outono
Secos e frios
Ninguém quer ajudar
A sensação nunca vai embora
Não consigo acreditar que acabou assim.

Como é ruim estar engasgada mas não ter nada a dizer.