Eu vejo as pessoas se matando
Em diversas doses diárias
Umas com cigarro
Outras com remédios
Umas fumam crack
Outras morrem de tédio
Umas sabem tudo
Outras se questionam
Mas nos dias de hoje
A maioria morre na orla do próprio umbigo
Rindo do irmão que passa fome
Umas mais culpadas que outras
Outras mais inocentes que umas
Estão todos pagando seus pecados
Eles disseram
Eu ouço as pessoas apontando os refugiados
Elas não se importam
Elas só querem seus pecados
Eles não ajudarão
Se a guerra for por religião
Nada será televisionado
Não ouvirão notícias no rádio
Porque eles não estão fazendo nada além de pagar seus pecados
Cristãos
Muçulmanos
Profetas
Grandes potências
Militares
Civilização em profundo declínio
Eles querem seu petróleo
Sua alma e a do seu filho
Ninguém vai ajudar
Eles não se importam
É desumano
O capitalismo fala mais alto
Muitos à morrer
Pra pagar seu pecado
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
o que você deixou de ser
pra se tornar um adulto
o que você deixou de fazer
pra se tornar uma boa esposa
o que você deixou de sonhar
pra arrumar um emprego
o que você deixou de amar
pra inflar o seu ego
porque você deixou se levar
a troco de dinheiro
e se tempo é dinheiro
o dinheiro é seu sangue
o preço é sua vida
seus sonhos vão morrendo
humanos sintéticos
sobrevivendo às margens
beiradas, estradas
entradas, saídas
fronteiras, barreiras
o preço é a sua vida
pra se tornar um adulto
o que você deixou de fazer
pra se tornar uma boa esposa
o que você deixou de sonhar
pra arrumar um emprego
o que você deixou de amar
pra inflar o seu ego
porque você deixou se levar
a troco de dinheiro
e se tempo é dinheiro
o dinheiro é seu sangue
o preço é sua vida
seus sonhos vão morrendo
humanos sintéticos
sobrevivendo às margens
beiradas, estradas
entradas, saídas
fronteiras, barreiras
o preço é a sua vida
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
Sobreposições da loucura
Na fumaça do cigarro
Antena parabólica delirante
Ciganagens
Sacanagens
Açãonidade
Sincronicídio
Democracídio
A sanidade vestida de ódio
Pessoas e personagens
Personagens personificando pessoas
Corpos
Anticorpos
Vermes
Se esta fardado
Então ja está morto
Na fumaça do cigarro
Antena parabólica delirante
Ciganagens
Sacanagens
Açãonidade
Sincronicídio
Democracídio
A sanidade vestida de ódio
Pessoas e personagens
Personagens personificando pessoas
Corpos
Anticorpos
Vermes
Se esta fardado
Então ja está morto
Aprecie uma bruxa
Desnuda na cidade
Desnuda na cidade
Cinzeiro
Maldade
Aqui nenhum tiro
É de bala perdida
Aqui ninguém
É inocente
Maldade
Aqui nenhum tiro
É de bala perdida
Aqui ninguém
É inocente
Os atestados de óbito
Dos corações tiranos
Cidadaos contemporâneos
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir política
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir aborto
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir religião
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir música
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir gênero
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir machismo
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir homofobia
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir racismo
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir suicídio
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir o descaso
Justifica-se a morte
Com a própria morte
Dos corações tiranos
Cidadaos contemporâneos
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir política
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir aborto
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir religião
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir música
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir gênero
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir machismo
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir homofobia
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir racismo
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir suicídio
Justifica-se a morte
Porque não pode discutir o descaso
Justifica-se a morte
Com a própria morte
Com o dedo no gatilho
A ignorância faz o sangue jorrar
O alvo é reduzido pela indiferença
A morte escorre quente no berço da cidade
Pátria amada mostra o dente podre
Os pés descalços não aguentam mais
Eu quero a destruição de tudo que é frágil
Policiais
Políticos
Banqueiros
Juízes
Pedófilos
Religiosos
Socialites
Desalmados
Fascistas
Gravatas
Televisão
Moral
Bons costumes
Hipócritas bem vestidos
Discursos clonados de livros
Assuntos conjugais
A sociedade em desencanto
O alvo é reduzido pela indiferença
A morte escorre quente no berço da cidade
Pátria amada mostra o dente podre
Os pés descalços não aguentam mais
Eu quero a destruição de tudo que é frágil
Policiais
Políticos
Banqueiros
Juízes
Pedófilos
Religiosos
Socialites
Desalmados
Fascistas
Gravatas
Televisão
Moral
Bons costumes
Hipócritas bem vestidos
Discursos clonados de livros
Assuntos conjugais
A sociedade em desencanto
Tô vomitando pra sua prece.
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