quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Nosso problema é assim
Um acha que engana
Outro finge que acredita

Eu só não entendo
Como essa enxaqueca
Sobrou justo pra mim.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

É mal ambientado
Como um ser humano
Torto pela vida

Na esquina onde dizem
Que encontram-se e perdem-se
Pessoas a médio prazo
Confusas, sempre confusas
Arteiros por natureza
Filhos da lua

Onde o sol chega lá
Mas a sombra se põe para todos.

Não faças de mim seu refúgio
Que por mais morna que eu seja
A válvula de escape não será
O buraco quente entre minhas pernas

Não faças de mim
Desenhos eróticos caóticos
Enquanto tua solidão pinga sólida
Nos minúsculos pontos
Onde sua decência se suicidou na primeira bunda que passaste

Um arbusto de pudor
Onde nas noites pálidas
As saias curtas te aqueceram
Pra te safar do apodrecimento

Uma armadura que lhe proteja
Do inferno que é a vida
Que por mais dura que eu seja
Ainda é quente a pele que habito

Nobody loves
Nobody gets hurt

Primeiros sintomas
Começaram no braço esquerdo
Depois o direito
Quando me dei conta
Já havia tomado o corpo todo

É uma pena
Que sejas tão frágil
Um imbecil charmoso
É uma pena
Que eu odeie e ame seu ponto de vista
Mas prefira o meu
É uma pena
Que meus seios as vezes
não suportem mordidas da vida

Essa noite em que
Eu não quis mais nada
Só queria me deitar
E dormir comigo mesma

E quem quiser dormir comigo
Que deite ao meu lado
Não deite comigo
Que durma ao meu lado
Não durma comigo

Esse capricho é só meu
Só eu posso me dar esse luxo
De deitar e dormir comigo mesma

Ao lado fica no próximo capítulo.