sexta-feira, 15 de março de 2013

Cadáver fresco à sangue seco, sirva-se à vontade. Meu saco de ossos dança a valsa fúnebre enquanto as manhãs de verão fazem doer a vida. Abraços de outono, amores de inverno. No meu crânio o inferno, e você vem vestido de paz fadigada. Eu me deitei no leito dos seus braços pra suas mãos cheias de câncer mentirem em meus ouvidos. Cada segundo a mais era um segundo a menos. Pro fundo dos seus olhos giratórios havia um mundo mais lindo. A dor sorri sincera nos corredores das veias laterais do seu pescoço aveludado e meu pijama sofre sem você.