sábado, 24 de março de 2012

Tormenta

Chuvoso, tempestade interna.


Cada granizo que atingia a janela
me rasgava o peito,
Perguntava à respeito
sobre flores e prima-vera,
Perguntas sinceras
algumas de cor laranja
e outras, amarela.

Perguntei às perguntas sobre as respostas
mas não tive respostas sobre elas.

Pingos de chuva
brincavam no vidro,
Pingos de você
brincavam comigo.

Com sua licença
vou me retirar,
Voltar a me perder
em meu próprio habitat.
Te encontrar 
em meu mundo perdido,
Mas muito cuidado ao se aproximar
que eu te empurro, meu nome é Abismo.

Poison


De volta aos devaneios noturnos e mais um sonho pra me acordar com lágrimas, à volta, muitos sussurros e a escuridão me bateu à porta - Quem é? - eu pergunto, e o silêncio me traz a resposta:

É a imensidão
de um vazio,
É o sorriso
mais que sombrio,
É a alegria do enfermo
- Muito prazer, meu nome é Veneno.